Há filmes que me marcam. Umas vezes porque a cadeira está estragada e fico com as nádegas disformes, outras vezes porque o filme consegue tocar-me (e não me estou a referir a experiências 3D ou similares) e ainda outras porque é tão imbecil que costumo esbofetear-me em punição pelo dinheiro gasto. Nesta última categoria, recordo-me de um filme em especial, “Viagem ao centro da Terra”. Como era baseado numa história de Júlio Verne, achei que poderia ser interessante. Grande erro. Aqui ficam algumas das cenas que mais atentam contra a inteligência dos espectadores:
Cena 1: Três pessoas constatam que estão em cima de uma formação geológica que à menor pressão pode partir-se. Uma delas deixa cair um diamante e, claro, aquilo parte-se e vão por ali abaixo. Mais tarde, numa formação geológica semelhante, é feita uma perseguição a alta velocidade, envolvendo um Tiranossaurus Rex e um tipo. De notar que é o Tiranossaurus a perseguir o tipo, ou o filme seria mesmo estúpido...
Cena 2: Antes de entrarem na caverna, o puto da expedição tem dificuldades em ter rede no telemóvel. Mais tarde, quando está num lago no centro da terra, consegue ter uma conversa com a mãe, enquanto luta com uns peixes ou outro tipo de bichos.
Cena 3: Para escaparem do buraco onde se meteram, a única saída é uma chaminé que irá ser invadida por água a ferver. Qual foi o barco utilizado? O crânio de um dinossauro. Certamente era um bicho cego e sem olfacto pois de outra forma não sei como tapariam os buracos dos olhos e nariz.
Uma coisa é fazerem filmes em que o exagero é desculpado pela fantasia, outra é assumirem que os espectadores são uma cambada de acéfalos, que engolem tudo o que lhes é mostrado, ok?!?
Uma coisa é fazerem filmes em que o exagero é desculpado pela fantasia, outra é assumirem que os espectadores são uma cambada de acéfalos, que engolem tudo o que lhes é mostrado, ok?!?